terça-feira, 11 de outubro de 2016

TENEBROSO TEMPO



tudo tem trajetória
tudo tão transitório
tudo tende turbilhão
turbilhão tanto teme
tédio tripudia tempo
tempestade tolhe tolo
tentação tenaz tendência
transgredindo tua tenência
tenebroso tino terráqueo
teima temperança terrena
tente tecer teoria
teu tino tentativa tesouro
trajetória tênue terá
transitório tédio 
teu tempo tolherá...


(Simone Medeiros)








SANDUÍCHE


de amor com paixão 
combinação perfeita 
sanduíche pão tesão 



(Simone Medeiros)

OUTUBRO


seja luz a todo instante
que é pra iluminar os dias
e as noites do ser pensante...


(Simone Medeiros)

DO TEMPO


do tempo fica a mágoa
nas ondas das lembranças
o a(mar) por si deságua...


(Simone Medeiros)

ANJO AMIGO



voejas num poema comigo
curarei as tuas asas
reencontrarás um anjo amigo


(Simone Medeiros)

MÁ MENTE





muita mente mente
mesmas mentes morrem
mentes maléficas matam
muitas mentes mães
mães missões magistrais
meus meninos manchados
muitas mãos matam
morte mistura-se mais, mais...
morte má?
mente mercenária má
manipuladas mãos medíocres
manipulam medo mentindo
mascarados mísseis
mortalhas moem-se moinho
mentes morrem massacradas
matam meu mundo
muitos mais morrerão
mendigando mais marchas
mediar mudança
mentes menos menosprezíveis
mostrando mundo melhor...


(Simone Medeiros)

O CIÚME




O ciúme é u'a gaiola construída
Não se prende ou se impede
Do amor viver sua própria vida...


(Simone Medeiros)


DISSIPANDO AS MÁGOAS


ligeira abri as asas ao além
num sentido que desconheço
voei até n' sentir mais ninguém...


(Simone Medeiros)

QUAL O PREÇO DO AMOR?




O amor não tem preço, não é, poeta?
E quando tem, paga-se um preço e tanto...
Seja para nele ficar ou dele sair...
Mas, qual o sentido de seu espanto?
O amor é isso... complexo ou simples...
Ou,... complexo e simples ao mesmo tempo.
Porém, não tem mesmo pra ele um preço.
E, quando o tem...
Ah, uma complicada história!
Ele por si, não se coloca a venda...
Mas, somos nós, seres insanos
Que damos cordas para os desenganos...
Restam-nos somente dele, os 'danos'...
Pois, sim...
Dias e noites de total tortura,
Que mais parece aos olhos alheios, loucura!
Mas, se o amor não tem um preço,
Por que o título indica um valor?
Ah, poeta!...
Fim da linha no amor, fique esperta!
Tem sempre alguém que perde...
Ou por causa dele, se perde...
Perde-se nas loucuras que fez 'por amor'
Perde-se do quanto se dedicou-se para ele...
Totalmente! E, fatalmente, você é o único perdedor...
O 'preço pago' é metáfora aos nossos ais
De tudo o que se imagina, por amor, você faz...
Por que?
Simples.
Ele, o amor, é às vezes, traiçoeiro...
Ele mesmo, por vezes,
Nos faz de repente, loucos e cegos!
Cegos??? E, loucos???
Sim. Exatamente, sem tirar a venda hora nenhuma!
E aí, poeta... Lascou-se!
Quando você abre os olhos,
Sua conta está altíssima por conta 'desse amor'
E sempre, (raríssimas exceções)
Um de nós 'desgastamos' por demais
Mais até do que o outro,
Que se vai... e quem fica, se esvai...
(raro não acontecer)
Mas, acontece. Milagres não acontecem por aí?
E porque não poderia acontecer o mesmo
Com o amor, não é poeta?
Poeta que se preza, paga o preço que for.
Por que?
Porque ele é romântico, sonhador...
E, acredita, que em perder ou ganhar a partida
Do 'jogo amor', o melhor mesmo
É ser neste fim, o perdedor,
Àquele que foi pelo amor abandonado...
Por que?
Porque ele sempre encontrará outro melhor ainda..
O outro, quem ganha, (Ledo engano!..)
(Risos sarcásticos...)
O que acontece?
Ah, poeta!
Fica dando murros nas pontas das facas!
Anos a fio... Se cortando e se costurando...
Por que?
Porque nesta vida de meu Deus, só paga a conta
Aquele que deve, e nem sempre o perdedor
É o pato que paga toda essa conta,
No final de sua vida, na trajetória escrita,
Chamada popularmente,
De o 'Livro da Vida', é você, e ninguém mais,
Quem escreve e decide, qual será o destino
Pro fim do seu livro.... o final feliz, fica por conta
Das noites em claro
Que você deixou-se do amor, cuidá-lo...
Um tempo longínquo
Onde a história registrou-se na memória
Sua falta de sinceridade para com o amor...
Que é a base e o alicerce de toda amizade, o amor...
E, por falar de amor, todo mundo sabe, que ele nasce
Do primeiro olhar, do primeiro toque de peles...
Da primeira troca de olhares...
Ou quem sabe,
Num afetuoso e inocente beijo
de seu melhor amigo...

(Simone Medeiros)



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VOZ D' VELUDO

Foi assim que ouvi ressoar nos meus ouvidos
Entre carinhos trocados por palavras doces
Senti os desejos tocarem-me de leve os sentidos
Despertando na pele, sentimentos precoces...

Tua voz explorando o meu avesso poético
Ditando as rimas de um poema sexy e eclético
Foi no despertar desta simbiose de sentimentos
Que me perdi no compasso dos batimentos

Voz d' veludo tua q' com seu charme e destreza
Soube sorver sua presa com doses d' ternura
Despindo-me a inocência, sentindo na pele a certeza
De que depois desta noite, n' mais serei tão imatura...

(Simone Medeiros)








Simone de Corpo, Alma e Poesias...