domingo, 3 de abril de 2016

GALHO SECO



Era uma vez...
Uma pequenina árvore 
Tão delicada seus galhos 
Sorvia todas as manhãs o orvalho 
Umidificava seu cerne de criança 
Revigorava-se a pobrezinha em esperanças 
Pois que, seus dias estavam contados 
O seu futuro atribulações registrados 
Os seus dias no amanhã seriam frios 
Seus galhos frágeis sentiriam calafrios 
Em sua alma, lágrimas incontidas 
De um sofrimento jamais escondido 
Todos sabiam da situação da pobrezinha 
Seus amigos, galhos fortes e destemidos 
Sempre a amparavam 
Nunca a deixavam só no desespero 
Da ventania que chegava sem avisar 
Das tempestades que feriam-na sem sangrar 
Pobre arvorezinha... 
Foram tantas as atribulações 
Foram tantas as mutilações... 
Seu corpo frágil quase não resistiu 
À agressividade aos seus galhos tenros 
Ela quase se perdeu no mar revolto de tormentos 
Ficastes somente sua raiz 
Deixando sua vida por um triz... 
Foi numa tarde chuvosa e tempestiva 
Que se viu quebrar-lhe os laços nativa 
De sua terra querida sua raiz se desprendeu 
Pendendo-a e já quase sem vida ao seu destino 
Ela se viu só e despreparada 
E veio então, o orvalho revigorante e arrancou-lhe
O medo diante do mal previsto 
E num instante de medo e euforia 
Entre viver e se entregar-se à alforria 
Ela se fortaleceu e ao medo o socorreu 
O deixou ficar sob os escombros 
Emergiu-se a pobre árvore de suas ruínas 
Lutou bravamente à favor de sua vida verdejante 
Pois que, quis a pequenina ser eterna 
Natureza sua casa mãe fraterna 
E resistiu por anos a pobre árvore 
Restituindo galho a galho o seu destino 
E pôde certo dia, ser principal papel de uma história 
Rescrevendo sua lição de vida e vitória 
Como nesta poesia de quem vos escreve agora 
Hoje ela é feliz pois, cresceu com maestria 
Hoje ela faz parte de uma doce poesia 
És cada dia mais feliz recontando sua história... 

Simone Medeiros 
03/04/2016 
Ilustração: Google

Simone de Corpo, Alma e Poesias...