sexta-feira, 25 de setembro de 2015

QUE CALOR É ESSE?


QUE CALOR É ESSE?

Salpicada por toda a pele
Gotículas denotam a carência
Água, sombra e tudo que congele
Refrescar a pele dessa louca ardência

Querências de tudo o que se faz ser água
Mar, piscina de água fria na pele refrigera
Estar debaixo de cachoeiras, suor deságua
Oh, mas que calor é esse que na terra impera?

Quem me dera, ter um lago gelado aqui e agora
Tocar em tudo que refrigera, neve e geada, quem dera!
Com um calor igual a esse, melhor mesmo é rezar

Rezar todos os terços pedir reforço sem demora
Pedir aos santos a grande chuva mas sem ser severa
Que é para refrescar esse poeta que só vive a reclamar.

Simone Medeiros
25/09/2015
Ilustração: Google

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

DIA DA ÁRVORE

DIA DA ÁRVORE



21 de Setembro, Dia da Árvore!
É até hilariante pensar que
o ser humano possa ter pensado
Em guardar em apenas um dia do ano
a favor das árvores, dando à elas
um dia especial para lembrarmos, 
de sua importância vital à nossa saúde
e, principalmente, à nossa sobrevivência.
Mas quão somos hipócritas!
Como podemos comemorar o dia de hoje,
quando continuamos a desmatar deliberadamente
as matas virgens, guardadas por anos
com intuito preservativo, protegendo
a natureza indefesa de mãos traiçoeiras?
Hipócritas é o que somos!
Por que não vemos o que somos,
e, não percebemos o que no futuro nos tornaremos...
Dia da Árvore!...
O que realmente estamos comemorando?
A sua beleza, suas sombras frondosas
que nos dão de presente, refrescando-nos do calor?
O que realmente vale para o destino destas pobres árvores?
Mais sombras e água fresca,
ou mais dólares nos cofres alheios, cheios de olhos traiçoeiros a comerem e se lambuzarem de caviar 
arrotando o peixe podre na mesa farta de luxúrias...
Zombeteiros que riem às nossas costas e custas, 
ridicularizando as nossas riquezas,
transformando madeiras em ganância,
de uma minoria que possui muito e ainda quer mais,
enchendo-se os corações orgulhosos e egoístas,
com o fel nas feridas do povo sem chão, comida e guarida...
Retiram o pão da mesa pobre,
transbordam o prato de multinacionais
transformando o Brasil em país sem pais...
Dia da Árvore, não!
Dia da Hipocrisia!
Se continuarmos a derrubar as árvores das matas, 
A danificar e destruir nossas riquezas natas, 
o que será de nossos filhos futuros, geração ficará...
sem ter pão e água, sem ao menos poder dividir
as dores e sofrimentos, serão milhares de irmãos 
órfãos de abrigo, sem pátria e sem direção?
Perdidos estaremos, sem árvores perecemos, sem água morreremos...
Seremos sepultados vivos nos cofres dos bandidos,
governados por líderes sem fé e coração,
tendo em si o ego como leme e o orgulho como pão.
Sai dessa, irmão!
Saiba quem é digno da natureza e, sem tristezas.
Pois, o povo mais fraco é quem paga,
a conta gorda e mal paga, dos bandidos de caras pálidas
dizendo-se bonzinhos de cores outras...
Não são as nossas cores de nosso país,
quando associamos à nossa bandeira: verdes como as matas,
amarelos como o Sol que brilha 
nos olhares do povo são, não...
Somos azuis da cor do céu, limpos de coração.
Somos Brasil, meu irmão!
Somos filhos e irmãos
de uma só e mesma nação!
Só é preciso entender de que precisamos mais de saúde, alimentação e um pouco mais de educação.

Simone Medeiros
21/09/2015
Ilustração: Google

RIMAS MORENAS



RIMAS MORENAS




Era uma vez um mundo deserto 

Em tristes tons de cinza apenas 

Mas foi colorido com rimas e versos 

Em letras pintadas por Son dos Poemas (N) 



Era uma vez um grande Universo 

Com luas e estrelas sozinhas apenas 

Foi quando se ouviu dos Anjos, os versos 

Trovas d'amor e carinhos em rimas morenas (S) 



O mês de Setembro foi o escolhido 

E Dezoito indicado para ser o dia 

Para nascer o verso mais colorido 

E que rimasse amor com poesia (N) 



Dia perfeito para se escrever uma poesia 

Do céu derramam-se versos e amigos poemas 

Parabéns, Sônia, querida e amiga poetisa 

Hoje é o seu dia, dia de alegrias, apenas.. (S) 



(Dueto de Nlc Poesias & Simone Medeiros)


Em homenagem ao aniversário de Sônia Son Dos Poem Gonçalves



domingo, 20 de setembro de 2015

SONETO SINCERO



SONETO SINCERO

Despeço de tuas querências, c'o olhar sereno
Dos momentos vividos, farei deles um abrigo
Na minh'alma guardar-te-ei como velho amigo
Nos pontos e vírgulas, sem mais delongas, enceno

Um soneto sincero, entrelinhas dos versos puros
Audaciosos corações postos em cima de muros
Despedidas levam consigo histórias e loucuras d'amor
Nas reticências, olhares inda não impedem o calor

Perde-se a razão e o juízo para o amor e sedução
Ondas inebriantes d'uma amiga e intensa atração
Queda livre aos adocicados beijos num toque de mão

Não há o ponto final desta química quando dela se atrai
São armadilhas onde o 'não' desconhece a razão e vai
Pra onde o juízo pede abrigo bem distante do coração...

Simone Medeiros
20/09/2015
Ilustração: Google

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

CAMINHOS DA PERDIÇÃO



Me perco em 
...suas curvas 
Em suas curvas 
... me perco 

Passeios no tórax 
... à tua boca 
Do tórax à tua boca 
... passeios 

Derreto só de 
...pensar 
De pensar já 
...me derreto 

Tua pele doce 
... e macia 
Pele macia, doce 
...a tua 


Desejos à caminhos 
...da perdição 
Perdição à caminhos 
... dos desejos 


Inesquecíveis e saciados 
....os desejos 
Os desejos, saciados 
... e inesquecíveis 


À flor da pele 
...o desejo aflorado 
aflorado na pele 
... à flor do desejo 


Simone Medeiros 
13/09/2015 
Ilustração: Google


ELAS NÃO MORREM



Eternas flores
... as de plástico
Flores de plástico
... são eternas

Amarelas e vermelhas 
... suas cores 
Cores amarelas ou vermelhas 
... tão suas... 


Morrem jamais 
... tais flores 
Tais flores 
... jamais morrem! 


Aromas não tem 
... vida, persiste 
Na vida persiste 
... não tem aromas... 

Singelas flores 
... eternas cores 
Cores singelas 
... flores eternas 

Elas não morrem! 
... enfeitam a vida 
Só enfeitam a vida, 
... não morrem! 

Simone Medeiros 
17/09/2015 
Ilustração: Simone Medeiros





terça-feira, 15 de setembro de 2015

QUEM SOU EU...

Sou fera ferida e sem medo
Não risco o dia sem nada ter
Na bagagem melhor saber
Que o que vem, vem e vai
Esqueço e lembro o que já foi
Quem sou eu pra dizer que sei
Não apenas amar as pessoas presentes
Quem sou eu para medir
Se no amar há começo e fim
Bom saber na mala levar
O bom querer de tudo ficar
O amor que eu tenho eu te dei
Numa noite sem lua, eu fui tua
Não importa agora o que levo
Só me resta hoje o bem saber
Que no amor fui seu bem querer
E em seus braços, eu confesso
Foi pra mim, o meu melhor perder.

Simone Medeiros
Ilustração: Google

CORAÇÃO BOBO


CORAÇÃO BOBO 

Coração sem você
... enlouqueço!...
Enlouqueço o coração
... com você
.
Bobo fico por ti
... babando
Por ti fico babando
... um bobo!...
.
Beijo sua face 
... e beijos dou
Na sua face
... beijos, beijos!...
.
Bobo coração
Atire-se ...
Tiro bobo
... meu coração por ti.
.

Simone Medeiros


Ilustração: Google

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

NO CORREDOR DO TEMPO...

NO CORREDOR DO TEMPO...


Passo silente sobre passos serenos
Do tempo recolho minutos a menos
Silêncio que silencia-me tormentos
Cala-me a fala diante dos momentos


O ponteiro marca o derradeiro tempo
Não viso momentos a favor do tempo
Toques na alma som que não acalma
Gritos que ouço no breu de minh'alma


Corredor do tempo, caminhos d'alforria
Soberba majestade à revelia, meus ais
Aguardando no cais a hora mais tardia


Reencontrar os amigos... antigos cristais
Que também foram um dia meus iguais
À espera de um alento tento, ir em paz...





Simone Medeiros



Ilustração: Google


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

ÚNICA...


ÚNICA...

Sem fingimento nem mentiras nem tramas
Desnecessário se faz fluir o artifício audaz
Tua beleza é algo que de longe me seduz
És única em cada espécie, és meu recanto

Silêncio que berra na natureza o seu encanto
Quando na primavera és rainha, puro decanto
Rara beleza, cores e texturas energiza a alma
Poderosa magia que de suas pétalas espalma

Orquídea, és teu nome singelo, porém belo
Traduz aos olhos de muitos a mais querida
Provocando e despertando contradição, duelo

Não importa o quanto dizem, sei que és especial
Iguais a ti há tantas mas és tu a minha preferida
Energiza minh'alma, literal, és para mim vital...

Simone Medeiros


10/09/2015
Fotografia: Simone Medeiros


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ENTRE O CÉU E A TREVA

ENTRE O CÉU E A TREVA


Sem choro

Sem flores
Sem namoro
Sem amores

Sem aflição
Sem calma
Sem compaixão
Sem alma

Sem nexo
Sem comida
Sem reflexo
Sem vida

Sem horas
Sem tempo
Sem penhoras
Sem passatempo

Sem tormentos
Sem enfermidade
Sem lamentos
Sem mortalidade

Sem dias
Sem sociedade
Sem picuinhas
Sem vaidade

Sem você
Não tenho nada
Tentar te esquecer
Torna-se uma cilada


Com você

Eu tive o meu mundo
Em suas mãos
Sem você
Sou ave mutilada,
Sem asas sem direção...

Sem rodeios, eu te proponho
Sem a velhice a te ofertar
Sem vida para contigo viver
Sem luz para te mostrar
O que o mundo não quer crer
Que existe o amor sim
Entre o céu e a treva

Onde o arte de amar enfim, jaz
Bela dama, não vês que sem ti sou incapaz?
Não vestes que neste corpo gélido e sem cor,
Existe um coração desprovido de calor?
Sem teu amor para meu caminho seguir
Serei ave e fera, sem paz a conseguir

Ofereço-te vida longa e um caixão
Na pele o frescor da manhã
Na face a maciez de uma lã
No coração a neve derretida
Da morte rejuvenescida contida
Pela nossa eterna e doce paixão



Simone Medeiros
02/08/2015


Ilustração: Google



terça-feira, 1 de setembro de 2015

ADVINHA QUEM SOU?

ADVINHA QUEM SOU?


Sou aquele que te cerca 24h
Sou aquele que faz tuas horas
Te enlouquecer
De tanto querer medir
As palavras
Em picuinhas
Em mesquinharias...
Por outro lado,
Inconscientemente,
Não vejo que vou aos poucos
Te perdendo... 
Te entristecendo 
Me perdendo... 
Mas, no meu consciente 
Não faço por mal 
Nem mesmo o assumo 
Tento camuflar os sentimentos 
Tento distorcer os acontecimentos 
Sou assim, nasci assim 
Sou o como o dito: "pau que nasce e morre torto" 
Porém, sou um pau solitário 
Por nunca querer reconhecer ser pário 
Ao meu orgulho e meu egoísmo 
Sou e irei morrer assim 
Porque o tenho dentro de mim 
O que me move por dentro, rudeza... 
E já me disseram que no futuro 
Irá me corroer por dentro 
Enferrujando meu coração 
Até ele se tornar pedra 
Ou madeira sem distorção 
Sem sentimentos a receber 
Sem carinho e amor a doar 
Pois sou aquele que toma o lugar 
Do amor, do carinho da atenção 
Sou filho do egoísmo e solidão 
Sou o Ciúmes, neto da intemperança 
Filho ingrato da total desconfiança.. 
Ainda não aprendi a ter pelo amor, 
A total confiança... 




Simone Medeiros
29/08/2015


Ilustração: Google


Simone de Corpo, Alma e Poesias...