segunda-feira, 31 de agosto de 2015

VIELAS E BECOS, LÍNGUAS E BOATOS



VIELAS E BECOS, LÍNGUAS E BOATOS

Caminho calmamente pelos becos, dormente
Pensamentos me levam a um mundo doente
Anestésico absorvo dos atos nada coerentes
Sigo silente por vielas e becos sem serpentes

Uma chuva lava as calçadas e línguas felinas
Becos nas entrelinhas, são agulhas sem linhas
Becos que acolhem boatos entre as tais vizinhas
Desocupadas mentes que aderem a rodinhas

Roda da fortuna, roda da língua grande, são
Todas elas que fiam e tecem os fiapos, refrão
Cantiga que lateja nas pontas dos dedos vão
Em busca de mais linguarudas tecer a dicção

Vielas, becos não foram feitos para tecer boatos
Foram feitos para tecer histórias, verdades e fatos
Digo Não, a pura lorota contada aos quatro atos
Ver, ouvir, julgar e falar aos ventos, atos ingratos

A má língua dos outros que julgam por si só, faz
O outro enxergar com a visão contrária da paz
Espalhar o verbo da boca mal sã é pecado jaz
Um dia, palavras más voltarão ao coração voraz

Será tarde da noite, quando ouvir soar a trombeta
Não precisa juntar seus bens pois, não há gaveta
A morte será o passaporte sem nenhuma maleta
Reaprenderá a lição quando retornar ao planeta.



Simone Medeiros
21/08/2015


Ilustração: Google


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

MENTIRAS



MENTIRAS

Algumas tem pernas curtas
Outras pernas longas
Mentiras, ora sinceras
Mentiras, ora interessam
Poetas e canções 
Emoções e tensões 
Fazem das mentiras 
Diversas liras, diversas canções 
Mentiras às avessas 
Mentiras travessuras 
Menino ou menina 
Quem nunca mentiu? 
Seja um adulto 
Seja um infantil 
À quem importa as mentiras? 
Mentiras brotam no paladar 
Palavras dão à elas os sentidos duos 
Menos verdade, mais omissas 
Violam leis e compromissos 
Mas ninguém tem nada com isso 
Mentiras são meras mentiras 
Não curto mentiras e nem deveria 
Mentiras soam com intrigas, inveja 
Com injúrias regadas a lamúrias e luxúrias 
Mentiras não se casam com honestidade 
Mentiras são amantes da falsidade 
Deturpam a realidade, ferem a liberdade 
Com falsas e meras verdades. 



Simone Medeiros
10/08/2015


Ilustração: Google



AMOR SEM MEDIDAS



AMOR SEM MEDIDAS

Ao amor não se mede
Muito menos se obriga
Ao amor se divide
Tristezas e alegrias
A paixão vem e vem rápido
O amor vem com o tempo
Conquistando espaço,
Quando encontra o ninho
Se aconchega pedindo abrigo
Amor e atração é bom sempre ter
Pois sem ele atração é mera distração
Coração fica ansioso
Por amar de qualquer jeito
Sentir no peito uma louca paixão
Vem como fogo, se apaga com o vento
Passa ligeiro no corpo inteiro
Ficam só as lembranças
Cenas vividas, experiências de vida
Amorosa ou não, o amor sempre vence
Fica e prevalece se o alicerce ele for
Na amizade dura anos
No casamento contam-se bodas
No namoro, cantam-se alegres
Comemorando datas festivas
Amor com amor não se apagam
Mas se unem num só sentimento
Dividem sonhos, ideias...
Somam alegrias, conquistas
Diminuem a melancolia que
Só quem vive só sabe que sem o amor
É quase impossível na vida
Ser um eterno aprendiz viver feliz...

Simone Medeiros
06/08/2015

Ilustração: Google




Simone de Corpo, Alma e Poesias...